* A Experiência de Taubaté



Como os pais participantes do Programa de Formação de Pais que aconteceu em Taubaté no primeiro semestre de 2012 avaliaram o curso?

Seguem excertos das avaliações:

O encontro foi muito positivo. Particularmente foi um ganho muito grande para o nosso relacionamento familiar. Ainda não estou tão natural com algumas técnicas mas estou muito atenta e avalio sempre a situação comparando as minhas ações com as sugeridas no curso. Parabéns para a escola que teve essa iniciativa. Acredito que uma educação completa só é possível com o alinhamento e a sinergia entre pais e escola.”

“ Foi esclarecedor e confirmou que a escola está preocupada, porém os pais devem estar sempre atentos”.

Confesso que os encontros me tornaram mais critica. Sempre soube que a escola tem um papel importante na educação, sempre somada a educação que os pais dão em casa. Após os encontros fiquei mais de olho no que as professoras falam em sala, como reagem a determinadas atitudes das crianças, estou mais critica sim, antes eu achava que a escola estava sempre “certa”, hoje sei que erra e melhor de tudo, posso ajudar e mostrar o melhor caminho. O curso me deu um outro modo de tratar as crianças, não só educa-las, mas um outro de conversar, de olhar meus filhos”.

Acredito , que a escola nos proporcionou esse curso, por estar ela mesma buscando uma forma mais construtiva de formar as pequenos cidadãos que estudam nas suas dependências. E o que melhor, se tiver , também, os pais falando a mesma linguagem ?   Num primeiro momento , acho que nos chocamos com as nossas atitudes em casa . Como conversamos com as crianças e como nos expressamos . Também, reparamos , como  não éramos construtivos na autonomia delas e no modo de valorizar  os seus sentimentos e ter paciência com as suas conquistas. Agora ,acho , que podemos participar mais próximos a escola , podemos ter um conselho de pais? Ou mesmo participar de assembleias ou reuniões com a coordenação , alunos , professores ? Talvez isso fosse muito democrático para essa escola. Mas , com certeza, acho que temos que continuar nos encontrando , para não esquecermos essas lições para uma nova forma de ver a criança e falar com ela .Porque demoramos muitos anos aprendendo a reagir como reagimos, agora temos que ficar sempre de olho para nos mantermos na linha dessa nova forma de viver e interagir”.

Nossos encontros foram maravilhosos. Aprendi dar escolhas a minha filha, numa simples troca de roupa, e descobri que ela é capaz de muito mais do que eu imaginava.Deixar ir é muito difícil, ainda mais quando temos um filho só! Minha filha tem 7 anos, e até começarmos os encontros, eu a acompanhava ao banheiro. Meu Deus, o que eu estava fazendo? Hoje, ela faz isso sozinha e cheia de orgulho por conseguir cuidar-se.Aprendi dar valor aos sentimentos dela, ouvi-la mais, me colocar no lugar dela.É incrível como tudo o que aprendemos funciona e nos torna pais e filhos mais felizes e fortes. Quero educá-la para ser segura e autoconfiante”.

“Foi realmente maravilhoso a escola nos ter aberto esse espaço para aprendermos coisas tão maravilhosas!! Hoje consigo entender algumas atitudes que as professoras tomam com nossas crianças e que antes criticava. Acredito também que assim como nós pais, estamos fazendo um sacrifício nesse momento pra colocarmos tudo isso em prática, o que não é nada fácil, os profissionais da escola também devem estar.  Esse ainda é um caminho longo a ser seguido, mas pelo menos já teve início. Seria também de grande valia termos um espaço maior dentro da escola, pra sermos ouvidos como pais, no que se refere às angústias de nossos filhos e nossas também. Mas, de qualquer forma, com pais e escola se esforçando pra ter o mesmo tipo de comportamento, tenho certeza que nossas crianças terão muito mais chances de se tornarem adultos autônomos, que é o que entendo ser o que poderíamos fazer de melhor pra eles”.

Bem, agora temos uma nova visão de como conduzir estas crianças de uma maneira bem melhor daquela que eu conhecia, no modelo em que fui educada. Acredito que para a escola isto não seja uma tarefa fácil, porém acredito também no trabalho em equipe e na boa vontade de fazer o melhor. A minha expectativa é que possamos ver os professores trabalhando com esta nova visão de educação. O que antes eu achava que era bom, agora sei que pode ser ótimo.  Só pelo fato da escola ter aberto para nós, pais, um curso como este, já me diz que podemos ser parceiros e espero poder colocar isto na prática”.
“Os encontros me ajudaram bastante a entender mais sobre os sentimentos dos meus filhos e entendeu que eu tenho valorizar estes sentimentos que ele tem que ser reconhecidos. Pude melhorar na forma de resolver os conflitos tanto em casa como os que surgem na escola”.

Tenho uma expectativa grande de que essa parceria se amplie cada vez mais. Por eles terem dado essa abertura as família entendo que podemos começar um relacionamento diferente com a escola Já tive uma experiência muito boa de parceria escola/família, quando morávamos no exterior, e lá os pais participam muito da escola, o que achei proveitoso para ambos os lados”.

“ Um voto de confiança para escola no desenvolvimento de crianças mais autônomas. Para nós pais é tratarmos de alimentar com mais desenvolvimento emocional das nossas crianças. Fortalecê-los em casa para se respeitarem e para com que os outros o respeitem. Enfim fortalecer neles uma postura proativa e não de vitima. Estar mais junto da escola e manter uma postura mais crítica/construtivista”


1.       
  Era irônico, eu sempre fazia sermão sobre os direitos de cada indivíduo, as suas opiniões e sentimentos, no entanto, na prática, sempre que as crianças expressavam seus sentimentos eu as desconsiderava.

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Discutia com eles. Minha mensagem oculta era “você está errado de sentir o que sente, em vez disso, ouça-me”.

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Se os adultos em nossa vida tivessem se preocupado um pouco com as palavras, não teríamos tanto a desaprender hoje.

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Todos os sentimentos são permitidos, as ações são limitadas.

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5.       
Não devemos negar as percepções das crianças. Só depois de uma criança se sentir bem ela pode pensar direito. Só quando postos às claras os sentimentos agressivos da criança é que ela se sente livre para mudar.

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6.       
Quando permitimos aos filhos que façam escolhas, estamos dando a eles a oportunidade de pensar e de tomar decisões. As crianças não aprendem pelos castigos que são pensados pelos adultos. As crianças aprendem a regular seus comportamentos podendo to­mar decisões.

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7.       
Um adulto não perde a serenidade num momento de conflito. Ele é O adulto da relação (e quantos se esquecem disso e gritam, esperneiam como crianças!). A brevidade da fala e a firmeza no que propõe são instrumentos que farão a criança repensar seus comportamentos.

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8.       
Quando permitimos que as crianças se sintam acolhidas, pelo respeito mútuo, pela disposição do adulto em não puni-las e sim auxiliá-las a encontrar soluções para seus conflitos, estamos favorecendo a construção de uma identidade capaz de se autocontrolar.

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9.       
Crianças aprendem a tomar decisões acertadas, não por serem obedientes, mas por fazerem as suas próprias escolhas. As decisões tomadas nem sempre serão as mais acertadas e esta é a parte mais difícil para a qual pais e professores devem estar bem atentos.

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10.      
Acho que se poderia dizer que dar autonomia ao filho da gente, é, na verdade, uma forma de dar-lhe amor... Existe maior prova de amor do que deixá-lo usar sua própria força para continuar a viver? ... Do que deixá-lo experimentar por si mesmo as coisas, mesmo as desagradáveis?

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Um comentário:

  1. Simone A Ferreira Torres26 de julho de 2012 às 12:28

    Sinto-me privilegiada por ter participado desse Curso de Formação de Pais. Foram momentos muito especiais de troca de experiências, de angústias e sugestões do que pode dar certo, e o mais importante, foram momentos de busca por ações reais e possíveis na construção da autonomia dos nossos filhos. Sensacional!

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